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COMO A MODA PODE AGIR PARA REDUZIR OS EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?

Colabora Moda Sustentável
20 de março de 2023

 

 

Administrar de forma equitativa os recursos mundiais está na lista de prioridades de quem combate os efeitos das mudanças do clima

O esforço de sensibilizar pessoas e organizações sobre esse tema acaba por recolocar em pauta outras perguntas: quais as ações possíveis? E qual a importância de as empresas de moda agirem coletivamente para impedir consequências ainda mais severas nas questões do clima? 

A moda é um dos setores da economia, no Brasil e no mundo, que mais contribuem com a emissão de gases de efeito estufa. Estudos indicam que essa contribuição varia de 5% a 8% que podem aumentar a patamares em torno de 10% até 2030 (Modefica, 2021), colocando a moda como um setor que pode promover mudanças significativas no planeta.

Para contribuir com uma caminhada rumo a um outro modelo econômico e produtivo, retomamos alguns dos principais aprendizados que foram compartilhados em nossa Oficina de Moda Regenerativa e Circular, que aconteceu no ano passado. O primeiro deles vem da palestra feita pela bióloga e ativista ambiental Karina Penha. 

Em pleno 2023, as mudanças climáticas têm marcado de forma definitiva nossas vidas – cá estamos, ora sob calor, ora sob frio intenso, testemunhando chuvas torrenciais e secas históricas. Algo previsto em todos os cenários futuros que construímos em 2017 e que já indicavam este momento como sendo crucial para uma virada sustentável. O dia 16 de março é considerado, desde 2011, o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. Convidamos vocês, então, a refletirem conosco sobre essa responsabilidade compartilhada de mitigar os efeitos que já enfrentamos e agir para que possamos ter um futuro sem alterações drásticas no clima e nas vidas do nosso planeta.

 

As mudanças climáticas impactam a vida de alguns grupos de pessoas mais do que outros – o chamado racismo ambiental

Basta pensar sobre a última tragédia decorrente das chuvas no litoral de São Paulo: Quais as casas que foram profundamente afetadas? Quem precisou ser removido para outras zonas de moradia? Onde se concentraram as mortes? 

A diferença de condições de vida entre áreas ricas e pobres ficou óbvia. E a crise resultante desse modelo desigual apenas confirma que a prática de destinar os piores efeitos da degradação ambiental às comunidades e populações negras, indígenas, não-brancas e imigrantes. 

O que aconteceu aqui, acontece também em outras partes do mundo: os impactos das mudanças climáticas são maiores sobre as comunidades tradicionais ou em condições socioeconômicas vulnerabilizadas. Daí a importância de agir por justiça climática – que, conforme Mary Robinson, “vincula direitos humanos e desenvolvimento para alcançar uma abordagem centrada no humano, a salvaguarda dos direitos das pessoas mais vulneráveis e partilha dos encargos e benefícios da mudança do clima e seus impactos.”

“Ao falar sobre justiça climática, deixamos de considerar apenas as condições de vida dos ursos polares ou o derretimento das calotas de gelo como consequências das mudanças do clima. Começamos a olhar para as crianças do agreste pernambucano, do interior do Maranhão – vidas que também estão sendo profundamente afetadas.” 

___ Karina Penha, (@kataflor)

Mas como a moda pode contribuir para mudar essa situação? No painel ‘Das diversas abordagens da Circularidade às escolhas necessárias para a transição’, Silvio Moraes – que é agrônomo e representante para a América Latina da Textile Exchange – apresentou alguns pontos essenciais para essa reflexão: 

 

Você também pode baixar o e-book na íntegra (e gratuitamente!) com todos os aprendizados da nossa Oficina de Moda Regenerativa e Circular por meio deste link. Além disso, recomendamos a leitura do artigo, publicado em nosso blog, sobre a década da regeneração proposta pela Organização das Nações Unidas.